segunda-feira, 31 de agosto de 2009

SUBSIDIO - LIÇÃO 10 - 06/09/09

LIÇÃO 10
OS FALSOS PROFETAS
Texto Áureo: Mt. 7.15

Objetivo: Mostrar que o conhecimento e a prática da Palavra de Deus nos tornarão aptos a identificar e refutar as doutrinas dos falsos profetas.

 INTRODUÇÃO
Nos tempos de João, os falsos profetas se infiltraram na igreja e passaram a propagar doutrinas enganadoras. A mesma realidade acontece nos dias atuais, por isso, a fim de alertar a igreja contra os propagadores da mentira, estudaremos, na lição de hoje, a respeito da atuação desses falsos profetas. Em seguida, refletiremos a respeito do discernimento espiritual diante dos falsos profetas. E ao final, destacaremos o valor do conhecimento e da prática da Palavra de Deus enquanto fundamentos essenciais para refutar os ensinamentos falsos.


1. OS FALSOS PROFETAS NA EPÍSTOLA
Os falsos profetas se inserem na igreja a fim de macular a paz e o amor que há em Cristo. Para evitar que isso acontecesse, João escreveu aos crentes e alerta-os para que “não deis crédito a qualquer espírito” (v. 1). Esses falsos profetas, conforme estudamos em aulas anteriores, eram os adeptos do Gnosticismo. A partir da filosofia grega, argumentavam que a matéria era má, por isso, Cristo não poderia ter-se feito carne. Também participavam de práticas pecaminosas sem qualquer temor a Deus, pois achavam que, ao morrerem, os pecados seriam julgados através da destruição do corpo, enquanto que o espírito seria salvo. Esses falsos profetas, baseados num conhecimento que julgavam superior, a gnose - cultuavam a si mesmos, eram arrogantes, ufanavam-se em achar que eram melhores do que os outros, mas lhes faltava o essencial: o amor genuinamente cristão – o ágape. Os falsos profetas eram mundanos, serviam ao deus deste século, amavam a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida (I Jo. 2.16,17). Por esse motivo, a igreja não poderia dar crédito a eles (I Jo. 2.7,8), e muito menos amar o mundo que eles amavam (I Jo. 2.15). A igreja precisa ser cautelosa em relação aos falsos profetas, pois Jesus nos advertiu a respeito deles (Mt. 7.15; Mc. 13.22,23), bem como os apóstolos Paulo (At. 20.28-30) e Pedro (II Pe. 2.1).
 2. O DISCERNIMENTO DOS FALSOS PROFETAS
Não devemos dar crédito a todo espírito, na verdade, esse tipo de incredulidade é sinal de maturidade cristã. É preciso provar os espíritos, não apenas moralmente (justiça e retidão) e socialmente (no relacionamento com os outros), mas também teologicamente (no conteúdo do ensino). A esse respeito, é válido o critério cristológico, ou seja, avaliar o que é que os falsos profetas dizem ser Cristo (Mt. 16.13). A resposta à pergunta deva ser a confissão para saber se, de fato, trata-se de um conhecimento revelado (Mt. 16.17) ou de mera especulação humana (Mt. 16.14). A confissão não pode ser outra senão a de que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, o Verbo que se fez Carne (I Jo. 1.1; Jo. 1.1). Esse teste joanino encontra eco nas palavras de Paulo em I Co. 12.3, afirmando que ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo. Esse ensinamento é fundamental para o cristianismo. Não por acaso os religiosos dos tempos de Jesus já expulsavam as pessoas da Sinagoga caso elas reconhecessem o Senhor como o Cristo (Jo. 9.22). Como o monoteísmo era o ensinamento fundamental do judaísmo (Dt. 13), a encarnação do Verbo é a doutrina basilar do cristianismo (I Jo. 4.2), ainda que esse, como aquele, também seja monoteísta (Jo. 10.30; 17.22).

3. CONHECENDO E PRATICANDO A PALAVRA
Aqueles que conhecem a Deus não se deixam enganar pelos falsos profetas (I Jô. 4.4). Esse conhecimento, entretanto, não é resultado do mero experiencialismo. O conhecimento de Deus pressupõe Espírito e Verdade (Jo. 4.24). A unção do Espírito precisa estar sobre os crentes, mas esse não atua distanciado da Palavra, que é a verdade. O Espírito é o Maior que está em nós, o qual, pela Palavra, vence o que está no mundo (I Jo. 4.6). A igreja de Cristo é apostólica, isto é, está fundamentada no ensinamento dos apóstolos. Eles testemunharam a vida, morte e ressurreição de Cristo. O Espírito Santo os inspirou para escrever a Bíblia (II Tm. 3.16,17), portanto, não podemos nos apartar da mensagem desse livro (I Tm. 4.15). Através da mensagem bíblica ouvimos a voz de Jesus (Jo. 10.4,5,8,16,26,27) e demonstramos que amamos a verdade (Jo. 18.37) e que somos de Deus porque ouvimos Suas palavras (Jo. 8.47). Do mesmo modo que os crentes a quem João endereçou sua Carta, nós, podemos vencer as ciladas armadas pelo Inimigo através dos falsos profetas. Para tanto, precisamos manter a mente alicerçada na Palavra de Deus, mas não apenas a mente, também a vida, na medida em desenvolvemos uma prática de vida condizente ao que nos instrui a Palavra.

CONCLUSÃO
Os falsos profetas propagam suas mensagens no seio eclesiástico. Muitos dos seus ensinamentos são tão sutis que encontram guarida entre os cristãos mais fervorosos. Para que não sejamos facilmente conduzidos pelo espírito engano (I Jo. 4.1), é preciso depender da Palavra de Deus e da iluminação do Espírito Santo (I Jo. 2.20,27). Ainda que o Espírito possa revelar à igreja, através do dom de discernimento (I Co. 12.10; At. 16.16-18), não podemos nos afastar da Palavra de Deus, pois ela é o critério fundamental na identificação e refutação das profecias falsas (Gl. 1.6-9).
BIBLIOGRAFIA

BOICE, J. M. As epistolas de João. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
STOTT, J. R. W. I, II e III João: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1982.
LIÇÃO 10
06 de Setembro de 2009
O S   F A L S O S   P R O F E T A S

TEXTO ÁUREO
"Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores" (Mt 7.15).
VERDADE PRÁTICA
Conhecer a Palavra de Deus e praticá-la todos os dias nos tornará aptos a identificar as falsas doutrinas, bem como identificar os falsos profetas.
HINOS SUGERIDOS 46, 96 e 545

LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Tm 1.3-7
Advertência contra as falsas doutrinas
Terça  - 1 Tm 6.3-10
Os falsos mestres e a busca de riqueza ilícita
Quarta  - 2 Tm 2.14-18 Os falsos profetas estão desviados da verdade
Quinta - Gl 1.6-9 O ensino estranho à Palavra é maldito
Sexta -  Mq 3.5-11 O castigo dos falsos profetas
Sábado - 2 Pe 2.1-3, 12-19 Ainda há falsos profetas entre nós

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 João 4.1-6.
1 Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo.
2 Nisto conheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus;
3 e todo espírito que não confessa a Jesus não é de Deus; mas é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que havia de vir; e agora já está no mundo.
4 Filhinhos, vós sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo.
5 Eles são do mundo, por isso falam como quem é do mundo, e o mundo os ouve.
6 Nós somos de Deus; quem conhece a Deus nos ouve; quem não é de Deus não nos ouve. assim é que conhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro.

          C O M E N T Á R I O
INTRODUÇÃO
         Sempre houve no meio do povo de Deus impostores, que falavam falsamente em nome do Senhor, isto é, aquilo que o Eterno não falara, conduzindo o povo incauto ao erro. Este assunto é tão atual como o foi nos tempos de Jeremias (Jr 14.14; 23.25; 28.15), de Jesus (Mt 7.15) e dos apóstolos (At 13.6; 20.30; 2 Pe 2.1; 1 Jo 4.1). Que o Senhor, por sua misericórdia, levante homens e mulheres aptos a defender a Igreja contra os falsos profetas desses últimos dias (Mt 24.11,24; 2 Pe 2.1).
I. CONCEITOS
         1. Profeta. Na Bíblia, o termo profeta designa aquele que é chamado por Deus para transmitir a mensagem divina ao povo (Jr 1.5,9; Ez 2.1-7; Dt 18.18). Em outras palavras, os autênticos profetas são porta-vozes de Deus; o próprio Senhor os chama "meus profetas" (Sl 105.15; Jr 7.25). Sua responsabilidade é de grande peso (Ez 2.1-7; 3.10,11), uma vez que eles são, na verdade, "homens de Deus", conforme está dito onze vezes em 1 Reis 4. Estes servos de Deus transmitem a Sua vontade e seus desígnios, além de desvendar o futuro segundo a inspiração do Espírito Santo. Todavia, a própria Palavra de Deus nos orienta que devemos nos acautelar dos falsos profetas (Mt 7.15).
        2.Profecia. A profecia, tanto no Antigo como no Novo Testamento, é primeiramente declarativa e, depois, preditiva. A profecia preditiva revela-nos o plano divino em relação a Israel, a Igreja, aos gentios e a plena chegada do Reino de Deus. A maior parte das profecias, porém, é declarativa, pois é constituída de exortação, admoestação, encorajamento, promessa, advertência, julgamento, consolo. Em o Novo Testamento, a profecia é um meio divino de orientar, exortar e edificar a igreja (1 Co 14.3,4).
a) Aspectos da atividade profética. A profecia pode ser vista na Bíblia como um ministério permanente recebido de Deus (2 Rs 17.13; Jr 7.25; Lc 16.16; Hb 1.1); um dom ministerial na igreja (Ef 4.11-13; 3.5); e um dom espiritual na congregação (At 2.17,18; 1 Co 12.10; 14.1-4). O "dom de profecia" é uma capacitação sobrenatural do Espírito Santo concedida para transmitir a mensagem divina.
b) A profecia como dom ministerial em o Novo Testamento. A profecia como ministério profético não é uma pregação comum; é uma mensagem vinda diretamente do Espírito Santo. A pregação habitual, no entanto, é preparada antecipadamente (1 Tm 5.17). Como precisamos deste dom hoje na igreja! Ver Provérbios 29.18; Atos 15.32. O profeta é um arauto da santidade de Deus; sua missão é expor com unção os padrões da santidade divina para o povo. O seu espírito ferve com santo zelo para anunciar a santidade de Deus e de tudo o que é dEle! O profeta de Deus faz os santos regozijarem-se no Senhor, mas também faz o ímpio estremecer e considerar o seu mau caminho. Ver Atos 24.24,50.
c) O dom de profecia (1 Co 12.10; 14.3,31). A profecia é o principal dom espiritual porque edifica a congregação (1 Co 14.4). Além disso, a profecia é um "sinal" para a igreja, enquanto as línguas são um "sinal" para os infiéis (1 Co 14.22).
d) A natureza da profecia. Devemos discernir a "profecia da Escritura", a qual é inerrante (2 Pe 1.20), da profecia da Igreja; esta deve ser julgada e só então acatada (1 Co 14.29). A manifestação do dom de profecia durante o culto deve ter limite. "Falem dois ou três profetas" (1 Co 14.29). Isto é, a maior parte do tempo do culto tem de ser destinada à exposição da Palavra de Deus, porque sendo esta soberana jamais poderá ser substituída pelo dom de profecia. subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo (2 Co 13.13).

II. A FALSA PROFECIA
        Atualmente, observamos diversas pessoas correndo de igreja em igreja em busca de "profecias" e de "revelações". Tais "crentes", na verdade, querem respostas para seus problemas pessoais (2 Tm 4.3). Como já vimos em 1 Coríntios 14.3, o propósito divino da profecia é consolar, exortar e edificar. Qualquer profecia que fuja a este propósito não procede de Deus e jamais se cumprirá (Dt18.22).
        1. Julgando as profecias pela Palavra. A profecia na igreja necessita ser julgada (1 Co 14.29), mas quais os parâmetros para o seu julgamento? A resposta é a própria Palavra de Deus, que é nosso modelo áureo e referência plena de fé; o guia da nossa vida, do nosso culto ao Senhor, e do nosso desempenho no seu trabalho (2 Tm 3.16,17). Qualquer profecia na igreja que entre em conflito com os ensinamentos e doutrinas bíblicas não pode vir de Deus. Os falsos mestres e profetas, como nos tempos do Antigo Testamento, enganam o povo, porque são emissários do Diabo (Jo 8.44). Todavia, a Bíblia declara: "Nenhuma mentira vem da verdade" (1 Jo 2.21). O crente fiel, que sempre ora e lê a Palavra de Deus, compara aquilo que ouve com o que está escrito na Escritura, a fim de comprovar a veracidade das profecias enunciadas na igreja.
       2. Julgando o falso profeta pelos frutos. Jesus Cristo nos adverte a respeito de falsos profetas que se infiltram no meio do povo de Deus. Apesar da aparência de piedade, não passam de agentes de Satanás; sua missão: corromper a fé dos salvos e destruir a unidade da Igreja (Mt 7.15-23). Muitos deles operam sinais e prodígios (Mt 24.24), mas tudo isto fazem sob a eficácia de Satanás (2 Ts 2.9,10). Como identificá- los? Como saber se estão em nosso meio? A resposta é: conhecendo a Palavra de Deus e tendo o discernimento pelo Espírito Santo. Além disso, os seus frutos são uma irrefutável evidência de sua mentira e falsidade (Gl 5.22,23). A árvore má não pode dar frutos bons (Mt 7.16-20).

III. ENSINOS FALSOS
        Uma característica dos falsos mestres é ensinar o que as pessoas querem ouvir independentemente se estão erradas ou não (Jr 5.31; 1 Rs 22.12-14). Deus age de forma diferente para conosco. Ele fala, não o que gostamos de ouvir, mas o que precisamos ouvir, e corrige-nos sempre quando estamos errados porque nos ama (Hb 12.4-13).
        1. A busca do ser humano pela prosperidade. Desde o princípio, o ser humano luta para adquirir e acumular riquezas, geralmente, de modo ilícito. Atualmente, esta busca tornou-se uma alucinação. A crise econômica mundial, o anseio por manter-se a salvo da miséria, o incentivo da mídia por um consumismo cada vez mais exacerbado e as incertezas do amanhã, formam um ambiente ideal para o surgimento de falsas doutrinas e profecias. O povo não se satisfaz com o que o Senhor garante aos seus filhos (Mt 6.25-33; Pv 30.8,9), mas deseja riquezas que, muitas vezes, são vistas como bênçãos divinas. A Bíblia adverte-nos contra essa busca insensata pelos bens e contra os que a encorajam mediante os seus ensinos (1 Tm 6.6-11, 17-19; Sl 62.10).
       2. O menosprezo da glória de Cristo. Os vv.1-3 da "Leitura Bíblica em Classe" são, em primeiro plano, uma refutação ao gnosticismo, um falso credo que negava a divindade de Cristo nos primeiros séculos da Igreja. Os ensinos dos gnósticos negam o sofrimento de Jesus e o valor de seu sacrifício na cruz para expiação dos pecados e salvação dos pecadores. (1 Pe 2.21-24; Rm 5.5-9; 2 Co 5.21). O sofrimento de Cristo na cruz e sua morte seqüencial são dois elementos que comprovam a sua humanidade. Este mesmo Jesus ressuscitou em corpo glorioso e entrou onde estavam os discípulos reunidos a portas fechadas. Os discípulos que tocaram nEle após sua ressurreição viram-no ser assunto aos céus, e os anjos que ali estavam, afirmaram que o Senhor que ascendera aos céus, de lá voltará (At 1.10,11).
      Hoje, muitos falsos profetas tentam afastar a Igreja do seu alvo descrito nas Escrituras, mediante a pregação de um evangelho fácil, sem renúncia, sem compromisso, sem santidade; um evangelho que apregoa apenas o apego pelos bens materiais. Assim como um marketing empresarial, tal evangelho emprega a mídia audiovisual com o objetivo de manipular as emoções do homem.

CONCLUSÃO
      Todos os dons espirituais são necessários e imprescindíveis tanto para a Igreja como um todo como para os seus membros em particular. Por isso, devemos buscar com zelo os dons espirituais. Afinal, eles são uma grandiosa dádiva da graça divina ao nosso dispor.

     EXERCÍCIOS

1. Defina o termo profeta.
R.

2. Qual a diferença entre profecia preditiva e declarativa?
R.

3. Qual o propósito da profecia no Novo Testamento?
R.

4. Cite uma característica dos falsos mestres.
R.


5. Em que consistem os ensinos dos gnósticos?
R.

LIÇÕES PARA NÃO CRENTES

LIÇÃO 5
O CÉU EXISTE?
 MENSAGEM DE DEUS PARA VOCÊ

“Na casa de meu Pai há muitas moradas” (Jo 14.2).

PARA GUARDAR NO CORAÇÃO
 O Céu é a morada que Jesus Cristo preparou para os que crêem em seu nome..


MENSAGEM DO DIA
João 14.1-4
1 -Jesus disse: - Não fiquem aflitos. Creiam em Deus e creiam também em mim.
2 - Na casa do meu Pai há muitos quartos, e eu vou preparar um lugar para vocês.
Se não fosse assim, eu já Ihes teria dito.
3 - E, depois que eu for e preparar um lugar para vocês,
voltarei e os levarei comigo para que onde eu estiver vocês estejam também.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

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SUBSÍDIO

LIÇÃO 09 O CRENTE E AS BENÇÃOS DA SALVAÇÃO
Texto Áureo: Fp. 2.12
Objetivo: Mostrar que o crente não mais se encontra sobre o poder do pecado, por isso, pode viver em santificação.
INTRODUÇÃO Conforme estudamos em lições anteriores, o pecado é uma realidade. Ainda que tentem negá-la, ela é evidente não apenas na Bíblia, bastar atentar para a vida cotidiana, ler os jornais para constatá-lo. Tão evidente é o pecado que G. H. Chesterton, famoso escritor cristão britânico, argumentava que entre as várias doutrinas cristãs, a do pecado é a mais fácil de ser comprovada. Ciente da relevância desse assunto, estudaremos, na aula de hoje, a origem do pecado. Em seguida, veremos que o pecado ainda pode atingir o cristão, mesmo que esse não mais viva sob a prática do pecado. Pelo Espírito e pela Palavra, é chamado a uma vida de santificação, e essa, certamente, é uma das bênçãos da salvação.
O PECADO E SUA ORIGEM Para João, “todo aquele que pratica o pecado, também transgride a lei; porque o pecado é a transgressão da lei” - anomia no grego (I Jô. 3.4). Com essa verdade, o Apóstolo indica que o pecado, por sua própria natureza, é ilegalidade. Não podemos esquecer que os adeptos do espírito do Anticristo defendiam uma prática de vida imoral. Iam além, argumentando que poderiam cumprir os desejos da carne, pois não estariam transgredindo qualquer lei. Esses são os seguidores do antinomismo, os que se opõem a todo tipo regra. Buscam subterfúgios na Psicologia Moderna para justificarem suas práticas pecaminosas. Esse espírito já atuava nos tempos de João, que se opôs a tal movimento, explicitando que o pecado não é apenas um “errar o alvo” (hamartia) ou injustiça (adikia), antes a transgressão da lei do Senhor que é santa. Portanto, todo aquele que pecado não pode se eximir da culpa. A origem do pecado remete ao Diabo, pois este vive pecando desde o princípio (Jo. 8.44), desde sua rebelião contra Deus (Is. 14.14,15). Por outro lado, se a obra do Diabo é roubar, matar e destruir (Jo. 10.10), Cristo veio ao mundo para destruir suas obras (I Jo. 3.8).
O CRENTE E O PECADO Em relação ao pecado do crente, João destaca que esse “não vive na prática do pecado”. Algumas traduções dizem “não peca”, mas a versão anterior é mais apropriada, principalmente quando atentamos para o verbo grego que se encontra no presente. Além disso, essa afirmação não se coadunaria com a declaração joanina (I Jo. 1.8-10) que o crente pode pecar, ainda que não deva (I Jo. 2.1). O motivo para que o crente não viva em pecado é que “permanece nele a divina semente e porque é nascido de Deus”. É a semente de Deus no interior do crente que faz com que ele ou ela não mais continue vivendo em pecado (II Co. 5.17; II Pe. 1.4). Essa mensagem de João é contrária a que era defendida pelos adeptos do gnosticismo. Tal doutrina tem se instaurado no seio de determinadas igrejas evangélicas atuais. Há quem defenda que Deus perdoa a todos, portanto, o pecado não é problema. Muitos “evangélicos” hoje em dia defendem uma vida desregrada entre os cristãos, assumindo que a graça de Deus cobre todos os pecados. Aqueles que têm a semente – a Palavra de Deus – não se deixam corromper, o pecado não mais os atrai, pois foram gerados de Deus e investem na santificação (I Pe. 1.23).
O CRENTE E A SANTIFICAÇÃO João, ao longo de toda sua Carta, conclama os crentes à santificação. Isso porque a fé cristã não se coaduna com a prática do pecado. Por isso é preciso escolher entre uma vida santa e uma vida pecaminosa. Cientes que aqueles que vivem no pecado não podem dizer que são filhos de Deus, antes são filhos do Diabo (I Jô. 3.7). Não podemos esquecer que o Diabo é o Pai da Mentira e Jesus, com muita ousadia, revelou que aqueles que são escravos do pecado são filhos do Diabo (Jo. 8.44). Não existe, por assim dizer, um meio termo, ou se é filho de Deus – nascido de cima, pela Palavra – ou se é filho do Diabo – quando se vive na constante prática do pecado. Devemos observar também que a manifestação da filiação divina se dá através da prática do amor (I Jo. 3.10). Aquele que diz ser filho de Deus só manifesta ódio, discórdia e desavença pelos irmãos ainda está nas obras da carne (Gl. 519-21). Uma vida de santificação é resultado de uma caminhada no Espírito (Rm. 8) que produz em nós o Seu fruto (Gl. 5.22). Essa é uma transformação que ocorre paulatinamente, resultante de um processo de vivência controlado pela experiência com Deus (Gl. 5.16). Esse é o caminho sobremodo excelente do qual Paulo falou aos crentes de Corinto (I Co. 13).CONCLUSÃOComo resultado da Queda (Gn. 3), o ser humano tornou-se pecador. Todo, portanto, pecaram (Rm. 3.23) e o salário do pecado é a morte, mas a dom da vida eterna se manifestou gratuitamente em Cristo Jesus (Rm. 6.23). Por que Ele nos deu a vida, nos tornou filhos de Deus (Jo. 1.12), agora, recebemos o Espírito de Adoção (Gl. Rm. 8.15; Gl. 4.5), por meio do qual clamamos Aba, Pai. Como filhos amados de Deus, somos chamados a viver nas boas obras que Ele designou para que andássemos nelas (Ef. 2.10). Somos salvos pela fé, não pelas obras da lei, mas, pela fé, obedecemos a Palavra de Deus, vivemos em santificação (R. 6.19,22; II Co. 7.1; I Ts. 4.3-7; Hb. 12.14).
BIBLIOGRAFIA BOICE, J. M. As epistolas de João. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.STOTT, J. R. W. I, II e III João: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1982.

QUESTIONÁRIO - O CRENTE E AS BENÇÃOS DA SALVAÇÃO

LIÇÃO 09 O CRENTE E AS BENÇÃOS DA SALVAÇÃO QUESTIONÁRIO
NOME: __________________________ DATA: __ /__/_ _ - 3º. TRIM/2009 1- Como o homem recebe de Deus a vida eterna (a maior dádiva que existe) de que maneira é possível ter uma vida de compromisso absoluto com Deus? Coloque “V” para Verdadeiro e “F” para Falso: ( ) Sem ter tristeza ou arrependimento de suas más ações, comporta-se como a lei divina manda. ( ) Ao tomar conhecimento do amor de Deus e aceitar Jesus e seu plano divino de salvação ( ) Somente através das Sagradas Escrituras, é possível ter uma vida de compromisso absoluto com Deus, de forma que ela não seja somente conceitual e teórica, mas prática. 2- Qual é a principal missão do Diabo em relação à Deus e aos seus planos? Coloque “V” para Verdadeiro e “F” para Falso: ( ) É a implantação da nova natureza no crente, passando assim a fazer parte da família de Deus. ( ) É opor-se a Deus e aos seus planos, instigando a rebelião contra o Senhor e à sua lei. ( ) Ser amigo de Deus e opera no mundo. Em breve estaremos livres de sua amizade, e toda a sua obra de caridade cessará 3- Como é a atitude do crente em relação ao pecado? Coloque “V” para Verdadeiro e “F” para Falso: ( ) Sua atitude é diferente do homem que vive em pecado, pois sua vida reflete o desejo de servir a Deus (Mt 5.16).. ( ) Confessa CRISTO como seu Salvador e aborrece os seus irmãos, demonstrando com isso muito afeto. ( ) Sua atitude demonstra rebelião contínua e deliberada contra o Senhor (2 Pe 2.10,12). 4- A Bíblia é enfática ao dizer que uma pessoa que vive a pecar não conhece a Jesus (3 Jo v. 11) e quem permanece em Cristo não peca (1 Jo 3.6). O que isso quer dizer? Coloque “V” para Verdadeiro e “F” para Falso: ( ) Isto é, não vive na prática do pecado, pois tem um "sistema de alerta" que o preveni contra a transgressão. ( ) Jesus espera que seus seguidores rompam definitivamente com a prática do pecado (Mt 5.29,30; 18.8,9). . ( ) Que dizer, uma vez que alguém aceita a CRISTO está livre do pecado, ou seja, nunca mais irá pecar. 5- Qual a prática que é incompátível com o ministério do Espírito Santo? Coloque "X" na afirmativa correta: ( ) Viver na prática do pecado. ( ) Viver na prática da santidade ( ) Viver na prática da oração e consagração. 6- O apóstolo Paulo foi um exemplo de fé, começou a sua vida cristã com oração(At 9.9,11). O que ele quis dizer quando recomendou ao crente orar sem cessar? Coloque “V” para Verdadeiro e “F” para Falso: ( ) Isto é, "em todo tempo, com toda oração e súplica" como um dos procedimentos na guerra contra o mal, bem como condição para manter-se firme na fé (Ef 6. 10-19). ( ) Isto quer dizer que o crente não pode parar de orar, precisa orar pelo menos dez vez ao dia. ( ) Ele queria dize que oração é uma prática dispensável à vida de todo crente em Jesus. ( ) Devemos esperar anoitecer para começar a orar, fazendo assim oração seria mais facilmente atendida por Deus, porque a noite são poucos os que oram. 7- Quando alguém aceita ao Senhor Jesus Cristo como seu Salvador e Senhor, como ele é visto diante de Deus? Coloque “V” para Verdadeiro e “F” para Falso: ( ) Servo do pecado (Jo 8.34), ( ) Servo de Deus (1 Co 7.22; Gl 1.10), devendo, a partir de então, ser aplicado à Obra do Senhor. ( ) Servo da Igreja (1 Co 9.19). 8- Como deve ser a vida de serviço do cristão? Coloque “V” para Verdadeiro e “F” para Falso: ( ) Ser espelhada em Jesus, pois ele ensinou que não veio para ser servido, mas para servir (Mt 20.28) ( ) Assim Jesus fez a vontade do Pai e realizou a sua obra (Jo 4.34; 9.5). Ele disse: "Se alguém me serve, siga-me" (Jo 12.26a). ( ) Logo, Cristo nos tem como servos, isto é, pessoas comprometidas com a sua Obra. 9- Como o amor se desenvolve na vida cristã? Coloque “V” para Verdadeiro e “F” para Falso: ( ) Já vem desenvolvido no ato da conversão. ( ) À medida que o homem recebe a luz do evangelho, as trevas vão sendo dissipadas, e ele passa a amar aos seus irmãos. ( ) Com o passar do tempo e sendo constantemente exercitado, tal amor tende a ser cada vez mais intenso e visível (Rm 12.9,10; 13.8,10; Fp 1.9). 10- Além do seu valor espiritual, esta prática ensina o crente a disciplinar seus apetites carnais, fortalecendo sua vida espiritual.? Coloque “V” para Verdadeiro e “F” para Falso: ( ) Amor que é um meio de comunhão entre Deus e o crente, e deve ser um exercício espiritual voluntário, almejado, indispensável e constante em nossa vida ( ) A oração é recomendada biblicamente (Mt 17.21). Inúmeros crentes negligenciam a sua observação como ensina a Bíblia, e por fim à abandonam de vez.. ( ) A fé que tem como principal objetivo despertar-nos para um apego maior aos fundamentos do amor ( ) A prática do jejum, juntamente com a oração, é recomendada biblicamente (Mt 17.21). o jejum ensina o crente a disciplinar seus apetites carnais, fortalecendo sua vida espiritual.